![]() |
Croqui 1 |
![]() |
Croqui 2 |
Segunda-feira nós visitamos o Museu de Arte na Pampulha. O local, desenhado por Oscar Niemeyer a pedido do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubischek, era um cassino para a elite local. Com a proibição por lei dos cassinos no Brasil, passou a funcionar como museu em 1957.
Os professores nos orientaram a observar o edifício. Também mostraram que tudo ali foi feito com um propósito. A entrada com uma inclinação, o local onde os carros paravam para deixar as pessoas, a cobertura da passagem até a porta, os espelhos, o vão livre, tudo reforçava que aquele lugar era apenas para uma pequena parcela da sociedade (que detinha grande parcela da cidade). Tudo o que poderia ser exibido era possibilitado ao máximo e o que não deveria ser visto simplesmente "desaparecia". A área de serviços, a cozinha, o local onde guardava-se as mesas e cadeiras foram estrategicamente planejadas. Sem contar que o luxo predomina ali. A pedra que recobre grande parte do edifício foi cortada especialmente para lá. O local de dança é como uma descoberta e fica escondida para quem vê o prédio de fora. Até a saída do banheiro feminino é algo interessante. Ao sair, desce-se uma pequena escada em espiral que faz a pessoa "sumir" de cima e "aparecer" discretamente em baixo.
Hoje, como Museu de Arte, a maior parte das exposições que passam por lá interagem com a arquitetura do ambiente. Não por escolha, mas porque o local não foi projetado para ser um museu. Como muitos artistas fazem questão que suas obras estejam em um lugar ao abrigo de sol, com temperatura certa, e outros requisito, não são todas as obras que podem ser expostas ali.
Com exposição ou não, o lugar deve ser visitado. Sua arquitetura é da fase auge de Niemeyer. A paisagem à beira da Lagoa, com vista para a região faz com que a experiência seja única.
Mesmo sendo agora um museu, tudo te faz imaginar como era o lugar como cassino. Cada detalhe nos remete ao luxo e o glamour original do local.
No comments:
Post a Comment